terça-feira, 16 de novembro de 2010

Torradas

A torradeira é uma descoberta sensacional,
 em poucos minutos transforma uma simples e sem graça fatia de pão plus vita em uma torrada de lamber os beiços.
um dia desses estava pensando...
como seria bom se existisse uma "torradeira" pra vida!
 Algo que fizesse com simplicidade e rapidez tudo se tornar mais prazeroso.
Que gerasse uma nova forma de olhar o mundo, aguçasse os sentidos, expandisse as ideias a um plano paralelo ao mundo real.
Descobrí que tal "torradeira" já foi inventada, pelo maior inventor de todos os tempos.
Sua obra-prima foi batizada de cannabis sativa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Conselho de Seu Geraldo

Conheço bem essa menina
Seu Geraldo assim dizia
De manhã ela encantava
E amava por todo o dia
Porem quando escurecia
sua doçura azedava
A singela dama partia
E tristeza ela deixava
Face branca como a nuvem
Que esconde a tempestade
Por trás dos panos finos
Os seus traços de maldade
Seu Geraldo alertava
Dos perigos de seu amor
Mas inúteis eram os avisos
A quem sentisse o seu ardor
Amava loucamente
E da noite tão ardente
Restavam apenas manchas de sangue no cobertor

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Bagunça

No meio dessa bagunça desordenada do meu quarto é impossível até organizar meus pensamentos. Meu cérebro é quase um reflexo do quarto, e funciona mais ou menos de acordo com a arrumação do mesmo, sei la... Só sei que ultimamente tenho estado sem saco pra nada, sem paciência pra viver a vida como ela é. São milhões de coisas perturbando a minha cabeça, assim como as milhões de coisas que atrapalham a harmonia do quarto. Tais coisas só sossegam quando leio um livro, e me transporto à uma outra realidade, assim esqueço de tudo à minha volta. Vivo outra vida por algumas horas, suficientes pra despertar o desejo de vivê-la no dia seguinte, e quando me canso, fecho o livro sem medo.  Esse é o poder das palavras sobre mim, me mandam pra bem longe do meu quarto bagunçado, da minha vida bagunçada.

domingo, 3 de outubro de 2010

Ah chorinho...

Vai...Faz chorar sem Dó Maria
que só Répara em poesia
esquece de Mi(m)

Tantos dias passei no soFá
sem saber se o Sol nasceu Lá
Si nasceu não assistí
Ah chorinho...como sofrí

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Felicidade vagabunda

Ser feliz é muito mais simples que parece. O grande problema é que as pessoas esquecem o que traz a real felicidade.
Pra quem tem sonhos, metas, objetivos, já questiono de primeira instância: e depois que tudo for realizado? e daí? "ué e daí nada, serei feliz..." se é isso que você pensa, leia cuidadosamente até a última palavra do texto, pois ele foi escrito pra você.
Me chamam de vagabundo, irresponsável... mas eu, sinceramente, não me importo nem um pouco. Pois sei que quem faz tais julgamentos, os faz pra tentar enxergar a si mesmo como capaz de ser feliz. Lhe pergunto: pra que dedicar qualquer minuto a algum objetivo senão o ser? Assisto ao meu redor tantas pessoas iludidades que me sinto cada vez mais orgulhoso da minha "vagabundagem". Dedico o meu tempo à fazer o que gosto, ao que me dá prazer, ao que me faz eu. Por que isso incomoda tanta gente?
Não estou dizendo que não devemos cumprir com obrigações e coisas afins. O que me revolta é a forma como as pessoas jogam fora grande parte da vida fazendo o que não gostam, achando que no fim, se sentirão realizadas... A questão é muito mais psicológica e espiritual do que qualquer outra coisa. Parece que tentam esconder essa verdade desde que nascemos, o segredo da verdadeira felicidade. Meu único objetivo já foi atingido, e ja me sinto orgulhoso, porque conseguí ser feliz! Conseguí resolver grande parte dos meus conflitos internos. Conseguí me livrar da preocupação, da ansiedade, das pressões do mundo.
Depois de pensar muito a respeito desse assunto cheguei a uma conclusão decisiva: posso ser feliz rico, pobre, bonito, feio, sozinho, acompanhado, no Brasil, fora dele... não importa. Não são as circunstâncias do meio que irão trazer felicidade, mas sim, a simples relação com que o indivíduo lida com o seu "eu". Falo por mim, o vagabundo mais dedicado do mundo, que não economiza um segundo sequer a se ser.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sinceridade literária

Tenho motivos pra ficar triste, razões pra estar ansioso, apreensivo, amedrontado. Mas não estou, e isso não me impede de fazer um texto bonito. É mais facil escrever "difícil", (forçando um significado implícito), que utilizar palavras coloquiais que explicitam um conteúdo verdadeiro. É muito simples inventar angústias, crises existenciais... e cá entre nós... tão chato de ler. Prefiro escrever qualquer coisa, contanto que seja sincero. Sem esse conceito ignorante que a beleza está na descrição dos sentimentos mais profundos da natureza humana, narrada sob os moldes formais. E sem tentar esconder o inexistente num lago de palavras dicionáricas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por que da foto?

Que coisa chata! Cada vez que eu apresento meu blog pra alguem, instantaneamente surge a pergunta: por que da foto? porra! sei la porque. E nem vou tentar pensar numa resposta coerente, algum significado sutil e profundo que se relacione à proposta do blog.
Até porque, que proposta é essa? Se alguem souber, por favor me diga.

Barulho

Remédios e entorpecentes não adiantam, é inútil gritar, chorar, descabelar-me.
Não há nada que eu possa fazer pra que esse barulho ensurdecedor cesse.
Todo dia é igual... não suporto mais!
tento me distrair, me concentrar em qualquer coisa, ou somente dormir, mãs não consigo.
esse barulho me consome.
Maldita obra no terrerno aqui do lado!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Insetinho safado

Não gosto muito de esmagar um mosquito contra a parede, suja à mão com aquele sanguinho nojento..
prefiro dar um tapa nele, mas um tapa bem dado mesmo! o curioso é que são necessários 3 ou mais tapas pra ele morrer.
Dou o primeiro, ele fica zonzo, no segundo fica tontinho tontinho. Só lá pro terceiro, quarto, que ele finalmente bate as botas.
Estranho ne? Estranho é eu escrever sobre isso...
Mas compare o tamanho da minha mão com o mosquito e perceba o porquê da minha frustração..

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Última palavra

Hoje de manhã presenciei uma cena interessante.
Tudo começou quando o professor (também diretor do colégio) indagou ao meu colega de classe:

---Rafael, postura! Finge que você está interessado na aula!
imediatamente, o aluno se ajeitou na carteira. Alguns minutos depois Rafael transparecía novamente o seu desprezo pelo assunto narrado em sala, então:
---Rafael, já falei pra você que eu não quero te ver com essa cara de sono. Você tem pescoço, tira a mão de baixo do queixo!
---Qual é o problema d'eu apoiar minha cabeça na mnha mão? não tô desrespeitando a sua aula, não tô conversando, nem dormindo.
---Não interessa, não quero te ver com essa cara e pronto acabou. E você não responda, quem dá a última palavra sou eu. Se quiser permanecer em sala obedeça.
Rafael, enfurecido, se levanta, e no caminho à porta é questionado:
---Você acha que está tomando a atitude correta?
E novamente outra discussão orgulho vs. vaidade se inicia, desta vez fora da sala de aula
Como ele, ja tive muitos problemas com esse professor.
 Não é que eu tenha dificuldade de aceitar regras ou imposições de uma "autoridade" ( até tenho, mas não vem ao caso).
A questão é que não me conformo com a maneira com que esse profissional lida com a sua.
Quando o sujeito diz essa frase:"quem dá a última palavra sou eu", pra mim, já perdeu a discussão.
Se o único argumento que tem a utilizar a seu favor é a suposta autoridade que lhe foi concebida, é melhor não discutir.
 Faça-me um favor... 

domingo, 19 de setembro de 2010

Pra quem entende...

Tenho medo da subjetividade, medo que ela impeça o entendimento dos meus textos. Por mais superficial que seja o assunto, a tal subjetividade está presente, restringindo o público online à sua mais densa nata intelectual.
Pensei em reduzir-la, mas me dei conta que, assim, estaria destruindo a essência das crônicas de minha autoria, a minha essência. Meu objetivo é subjetivo, portanto, permanecerei nessa linha.

Pingo

Tédio, um veneno que eu tomo como água, num dia de nuvens meus pensamentos condensam e precipitam incessantemente. Como a chuva, acabo no chão, esparramado. Só me resta olhar pra cima e esperar a última gotícula cadente me dar as mãos. (ping)....     PUM!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sinais

Hoje em dia tudo é clichê, não se igualar aos padrões já se tornou um padrão, e ser contra o sistema é igualmente paradoxal. Hoje já não tenho a mesma motivação de questionamento. O que já foi (.) virou (?), hoje é (...)

Saturação

Vestibular. Vestibular. Vestibular. To saturado! Só de ouvir essa palavra inicío involuntariamente a minha reflexão quanto á inutilidade do ano de 2010 pra minha formação intelectual. Fórmulas, teorias, decoreba, quanto desperdício de neurônio. Está na hora de mudar o sistema de ingresso à núcleos do intelecto denominados universidades..A capacidade de decorar ou a de passar horas intermináveis encarando um livro, de conteúdo meramente acadêmico, não corresponde ao nível de inteligência que nós, como brasileiros, precisamos. Necessitamos de indivíduos competentes, com a concreta capacidade de abstrair, decifrar problemas e as respectivas soluções, ... heterogênea, insaturada... eu é que to saturado de química.

Burrice!

Volto-me agora ao ato de escrever, que por tanto tempo não dei a devida importância. Hoje vejo o tempo que perdí, será que esse tempo foi necessário para a organização de todas essas loucuras dentro da minha cabeça? Tanto faz, Tanto fez, Tanto arquivo, tanta pasta que me perdí. Na imensidão do pensamento nem a lógica faz sentido, se cada palavra que falamos sofre inflûncia do inconsciente, das emoções, geralmente á flor da pele. Como um poeta romântico vivo cada momento, singularmente, pois singulares são os momentos. Que porra é essa que eu escreví? poesia? arcadismo? Não faz diferença, eu critico inutilmente, é muita ambição desejar mudar o mundo quando se é jovem né? Não preciso ir tão longe, quero só mudar as coisas da superfície mais epidérmica da minha existência, talvez isso me faça um hipócrita, sonhador, burro! burro sou, nada mais.